Nunca imaginei que pudim flan pudesse ser das sobremesas fáceis e rápidas de fazer. Rápidas bem… Se considerarmos que temos as mãos na massa 10 minutos, mas só podemos comer o pudim flan no dia seguinte, não deixa de ser muito fácil e com tão poucos ingredientes, por exemplo, acaba por ser uma sobremesa óptima em “caso de emergência”.

Já há algum tempo que ando “de volta” dos pudins. Queria uma coisa simples, ou seja, nada de queijos creme, leite condensado, gemas à parte. Não há coisa pior que me façam que é ter de lidar com sobras de claras. Há soluções, claro como Molotov ou Pavlova, mas se já estamos a fazer uma sobremesa, ter de fazer outra, não é simplesmente para mim ou para a maioria das pessoas. Hão de concordar comigo.

Ora onde então arranjar uma receita assim? Nos blogs todos que sigo, pesquisas, tudo o que aparecia tinha demasiados ingredientes. Recorri a uma das minhas Bíblias, o Pantagruel (um dia falarei da outra que acompanha a minha mãe e que será aquele livro que passa de mãe para filha), que ao longo destes anos apesar de não ter “bonecos” me fui habituando a usar para muitas soluções, e nem ela me salvou.

Por isso, resolvi inventar. Como fazer uma das sobremesas fáceis e rápidas mais comuns em Portugal, ter sucesso à primeira? É que no que diz respeito a pudins mesmo já tendo uma receita testada, já sabemos: é desenformar e rezar aos santinhos que saia bem, quanto mais a inventar.

E depois influenciada pelas imagens lindas que andam por aí… Queria uma consistência cremosa, lisinha, sem aqueles buracos feios. Assim sendo, arrisquei. E como resultado, temos a nossa receita. Sim, temos um pudim, suave, liso, cremoso, doce e aqui entre nós que ninguém nos ouve: o truque para que o pudim desenforme bem (além de rezarmos aos santinhos e o tempo de cozedura tenha sido suficiente – em conversa com a Rita Nascimento, fiquei a saber que sim, pode-se cozinhar demais um pudim) é ter o fundo da forma bem coberto com caramelo.