Risotto de alcachofras, azeitonas e vinagre balsâmico

Ok… Logo assim de repente para esta publicação, duas notas mentais:

a) nunca mais fazer risotto no verão (qual foi a minha ideia de estar 25 minutos ao lume com o calor que estava lá fora?)

b) provavelmente nunca mais vou conseguir fazer esta receita na vida (ok… então porque carga de água estou eu a publicá-la?)

Quanto à nota a), eu estava com imensa vontade de comer um risotto. Há quem me tenha comentado que nunca come risotto como prato único ou principal, mas sim como acompanhamento de algo. Das 3 vezes que estive em Itália, um risotto serve-se sempre como primo, ou seja algures entre as entradas (antipasti) e o prato principal, o secondo. Não sei como eles não engordam com tanta comida. Para mim, o risotto é muitas vezes um jantar… Errado comer tanto hidrato de carbono à noite, mas sabe tão bem. Só que este fim de semana estava demasiado calor para se comer um prato tão quente. Nota mental: mesmo que te apeteça muito, não o faças com tanto calor.

A nota b) vai completamente contra a natureza deste blog. Mas risotto é risotto e este ficou tão maravilhoso que tinha simplesmente de partilhar. Então porque é que nunca mais vou fazê-lo? Porque a maioria dos ingredientes, ou pelo menos aqueles que dão significado ao resultado final, vêm quase todos de produtos que apanhei da Feira de Itália do Lidl: alcachofras marinadas e cebolinhas em vinagre balsâmico. Eventualmente poder-se-á aproximar e é essa versão que vou deixar aqui, pois todos aqueles condimentos são impossíveis de reproduzir…


Ingredientes (2 pessoas):

  • 2 chávenas de café de arroz arbóreo
  • 2 chávenas de café de vinho branco
  • 10 azeitonas verdes descaroçadas e cortadas em fatias
  • meia lata de corações de alcachofra
  • 4 cebolinhas em vinagre balsâmico (na descrição dou opção aproximada)
  • 3 dentes de alho
  • 1 colher de chá de oregãos secos
  • 1 fatia de pimento vermelho
  • 2 colheres de sopa de queijo parmesão ralado
  • 1 colher de sopa de natas ácidas
  • 1/2 colher de sopa de manteiga
  • 500 ml de caldo de legumes quente (para simplificar, costumo dissolver um cubo de caldo de legumes em meio litro de água)
  • azeite q.b.
  • 2 colheres de sopa de vinagre balsâmico

Sendo que partimos do princípio de que não temos as alcachofras marinadas, vamos aproximadamente fazê-las, tal como as cebolinhas em vinagre balsâmico.

Numa frigideira, colocar um fio de azeite, o pimento picado, um dente de alho picado, os oregãos e as alcachofras escorridas e saltear 4 ou 5 minutos. Reservar.

Num tacho fundo (há quem defenda que o risotto se faz num recipiente pouco fundo, eu gosto de fazer numa cocotte pequena de ferro que tenho), colocar as cebolinhas picadas, um fio de azeite e saltear. Adicionar dois dentes de alho picados, as alcachofras, as azeitonas e saltear uns minutos até as cebolas ficarem translúcidas. Juntar uma colher de sopa de vinagre balsâmico e deixar evaporar (se tivermos as cebolinhas em vinagre balsâmico, omitir este passo).

Juntar o arroz e fritar dois ou três minutos em lume alto, até os grãos ficarem opacos e com uma orla. Juntar o vinho branco e baixar o lume. Agora são 25 minutos a mexer constantemente. Assim que o arroz absorver o vinho branco, ir adicionando aos poucos o caldo de legumes, apenas o suficiente para ir cobrindo o arroz. Mexer continuamente e quando o caldo for absorvido, juntar um pouco mais.

Ao fim de 22 a 25 minutos neste processo, o arroz deverá estar ligeiramente duro, mas cozinhado num caldo cremoso.  É esse o propósito do risotto: a cremosidade e a textura al dente do grão.  Juntar as natas ácidas e envolver, o que vai enriquecer a cremosidade. Neste ponto desligar o lume, juntar a manteiga, o queijo parmesão, envolver e deixar descansar 5 minutos com o tacho tapado.

Servir imediatamente regando cada porção servida com um pouco de vinagre balsâmico. Diz-se que nós esperamos pelo risotto, mas ele não espera por nós.

 

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